Aceitando o “não” como a vontade de Deus – R.C.Sproul

Por R.C.Sproul

 

Fico surpreso que, à luz do claro registro bíblico, alguém tenha a audácia de sugerir que é errado que os aflitos no corpo ou na alma façam suas orações por libertação em termos de “Se for a tua vontade …”. Dizem-nos que quando a aflição chega, Deus sempre deseja a cura, que Ele não tem nada a ver com o sofrimento, e que tudo o que devemos fazer é reivindicar a resposta que buscamos pela fé. Somos exortados a reivindicar o sim de Deus antes que Ele fale. Continue lendo

Calvino não usaria uma gravata: qual roupa certa para ir à igreja? – Kyle Borg

Por Kyle Borg

 

Na semana passada, na escola dominical, recebemos uma pergunta interessante: como era um culto corporativo no Novo Testamento? Ao discutirmos essa questão, houve diferenças notáveis ​​do que muitos provavelmente estão acostumados hoje em dia. Por exemplo, a imagem bíblica que obtemos é que provavelmente era muito mais simples. Ao se encontrarem em casas ou salões, os primeiros crentes se dedicaram ao ensino dos apóstolos, ao partir do pão e às orações. Eles cantavam os Salmos e não há nenhuma indicação de que eles utilizavam uma banda de louvor, muito menos instrumentos musicais. Além disso, suas reuniões podiam ter durado um pouco mais do que a nossa, e eles se sentavam onde podiam encontrar um assento – mesmo em uma janela! Mas, o que eles vestiram ? Continue lendo

A Guerra Espiritual do Cristão – J.C.Ryle

A Guerra Espiritual do Cristão

Sermão[1] pregado por

J.C.Ryle

1º Bispo na Diocese da Igreja da Inglaterra em Liverpool

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É um fato curioso que não há assunto sobre quais pessoas sentem tão profundo interesse como “lutas”. Moços e moças, velhos e crianças pequenas, altos e baixos, ricos e pobres, cultos e incultos, todos sentem um profundo interesse em guerras, batalhas e combates.

 

Isso é um fato simples, seja lá qual for a maneira que podemos tentar explicar. Devemos chamar de um chato aquele camarada inglês que não se preocupa em nada sobre a história de Waterloo[2], Inkermann[3], Balaclava[4], Lucknow[5]. Devemos pensar em como é frio e estúpido aquele coração por não ter se abalado e emocionado pelos acontecimentos em Sedan, Estraburgo, Metz, e Paris[6].

 

Mas, leitor, existe outra guerra de muito maior importância do que qualquer guerra que já foi travada por homens. É uma guerra que não diz respeito a duas ou três nações apenas, mas a cada homem e mulher cristã nascidos no mundo. A guerra de que falo é a guerra espiritual. É a luta que todo aquele que será salvo deve lutar por sua alma.

 

Esta guerra, estou ciente, é uma coisa que muitos não sabem nada. Converse com eles sobre isso, e eles estarão prontos para chamar-lhe de louco, um entusiasta ou um tolo. E ela é ainda tão real e verdadeira como qualquer guerra que o mundo já viu. A mesma tem seus conflitos homem a homem e as suas feridas. Tem suas vigílias e fadigas. Tem os seus cercos e assaltos. Tem as suas vitórias e as suas derrotas. Acima de tudo, tem consequências que são horríveis, tremendas e muito peculiares. Em guerras terrestres as consequências para as nações são frequentemente temporárias e remediáveis​​. Na guerra espiritual é muito diferente. Desta guerra, as consequências, quando a luta estiver acabada, são imutáveis e eternas.

 

Leitor, é desta guerra que Paulo falou a Timóteo quando escreveu aquelas palavras ardentes: “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna”. É desta guerra que eu quero falar hoje com você. Nós nos encontramos em um período crítico da história do mundo. As mentes dos homens estão cheias de “guerras e rumores de guerras“. Os corações dos homens estão cheios de medo, enquanto eles olham para as coisas que parecem vir sobre a Terra. Por todos os lados o horizonte parece negro e sombrio. Quem pode dizer quando a tempestade vai começar? Dê-me sua atenção por alguns momentos, enquanto eu tento convencer-lhe das palavras solenes que o Espírito Santo ensinou Paulo a escrever: “Milita a boa milícia da fé”.

 

  1. A primeira coisa que tenho a dizer é a seguinte: O verdadeiro Cristianismo é uma luta.

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Meu filho também prestará culto – Dora Oliveira

Por Dora Oliveira

Na ultima quinta feira, quando voltávamos do estudo na igreja, eu e uma amiga discutíamos a cerca de como queremos criar nossos filhos. Isso já é motivo de conversa há algum tempo, sempre dividimos uma com a outra a respeito de uma vida futura, e claro, nossas crianças estão inclusas.

Temos muitos bons exemplos em nossa igreja de pais que atendem a necessidade de fazer os filhos compreenderem o real significado do culto. E isso foi o motivo da discussão naquele dia. Continue lendo

Catolicismo Romano – Uma Análise Crítica – Dr. Martin Lloyd-Jones

 

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PREFÁCIO EXPLICATIVO DA OBRA

Na data de publicação deste sermão, outubro de 2017, comemoramos 500 anos de Reforma Protestante. A data claramente é um símbolo do movimento, que de fato ganhou volume e corpo após o celebre acontecimento. Desde então, milhares de homens, mulheres e crianças foram libertas das trevas em que estavam afogadas para a Luz da Palavra. Grande parte do negrume por qual estavam envoltos, a ignorância bíblica, foi produto e culpa direta do catolicismo romano.

Daqueles tempos para cá, e principalmente em nosso presente século, muitos crentes, igrejas e congregações inteiras, deixando para traz doutrinas bíblicas e desejosos de mais uma vez abraçar as heresias de Roma, negam os próprios baluartes e baixam a guarda da Verdade do Evangelho. Os tais diluem as Boas-Novas de Jesus Cristo, como que redescobertas à época da Reforma, em troca de aplausos de homens e consolos superficiais.

Martin Lloyd-Jones não era assim. O grande pregador galês da segunda
metade do século XX, em plena era do movimento ecumênico e dos apelos sedutores de Roma para uma “abertura” ao mundo, não se deixou enganar. Neste sermão, pregado em 1963, ele se declarou clara e abertamente contra as doutrinas romanas, já intensamente combatidas por seus antepassados reformadores e puritanos.

O Dr. Lloyd-Jones neste texto é claro e direto. Tudo que afirma tem base nas Escrituras e nas próprias doutrinas católicas, que permanecem as mesmas desde sempre (contrário ao que muitos evangélicos, até hoje, parecem acreditar). Roma pode ter mudado exteriormente, mas continua doutrinariamente condenando o protestantismo como heresia perniciosa, ainda que o atual Papa Francisco aparentemente não “se lembre” disso.

As notas de rodapé não existem no texto original, mas decidi elaborá-las com duas intenções primordiais: contextualizar o texto à época em que foi produzido para o leitor atual e demonstrar onde, como e por que o ensino católico romano ensina os argumentos refutados por Lloyd-Jones. Utilizei como fontes primárias o endereço do próprio Vaticano, sempre que possível; não sendo, domínios digitais renomados do catolicismo romano. Os principais materiais utilizados como fonte foram o Catecismo da Igreja Católica e as resoluções dos Concílio de Trento, Concílio Vaticano I e Concilio Vaticano II, com suas constituições e cartas dogmáticas. Concentrei-me neles por serem os de maior autoridade dentro do magistério universal da igreja romana; além do mais, sendo estes mais claros, ganham maior peso.

Algumas notas são longas por conta do conteúdo, pois preferi citar o máximo de conteúdo possível, a fim de evitar más interpretações dos dogmas católicos romanos por culpa de frases soltas ou fora de contexto.

É necessário reforçar que apontei as fontes com cuidado desejoso de ser fiel ao que as doutrinas católicas declaram, e para não poder ser acusado de falso testemunho ou interpretações errôneas. Alguns apontamentos, porém, que não tratam especificamente de uma doutrina são textos escritos por reformadores e pastores. Inseri-os objetivando estabelecer alguns pontos (principalmente no que diz respeito ao tema da idolatria).
Que nesses tempos frouxos em que vivemos mais pessoas se levantem corajosamente como o Dr. D. Martin Lloyd-Jones, para que a Verdade do Evangelho de Jesus Cristo seja pregada em ousadia, pureza, fidelidade e dependência do Espírito Santo, em todos os lugares da terra, para Sua glória. Que Deus dê olhos para enxergar e ouvidos para ouvir. Que ninguém se escandalize com as palavras do Dr., mas, lendo-as, seja levado ao arrependimento e fé somente em Jesus Cristo, por Graça.

Armando Marcos
Criador e editor chefe de Projeto Castelo Forte
Outubro de 2017, 500° ano da Reforma Protestante

Projeto Spurgeon 10 anos

Essa semana faz 10 anos que criei o Projeto Spurgeon – Proclamando a Cristo crucificado. Na época era apenas um blog para postar algumas traduções caseiras, hoje é um dos maiores sites da internet em portugues sobre a vida e obra de Charles Haddon Spurgeon. Creio que por ele o Senhor abençoou muitos, e o Senhor abençoou (em 2012 principalmente) e ainda abençoa minha vida. Certamente nesses 10 anos o interesse sobre o Spurgeon cresceu absurdamente (Só ver o quanto existe de outros sites, livros e devocionais dele hoje em comparação) e acredito que nosso Projeto teve um papel nesse aumento de interesse que só o Senhor pode mensurar. Hoje em dia trabalhamos nas redes mais com o Projeto Castelo Forte http://projetocasteloforte.com.br/ , pois centralizamos o trabalho lá, mas não poderia perder a oportunidade de louvar ao Senhor pelos 10 anos de onde tudo começou 🙂 Armando Marcos – editor e criador de Projeto Spurgeon e Projeto Castelo Forte

“Não tenho religião, tenho Cristo”. Você tem certeza disso??

Por ‎Armando Marcos 

O que é a religião? É Deus colocando-Se em comunicação com o homem, o Criador com a criatura, o infinito com o finito – Spurgeon 

Hoje em dia, o termo “religião” é muito mau visto e utilizado, tanto entre incrédulos e de certa forma bastante inusual até, entre crentes. Muitos , quanto contestados, apressadamente dizem “não ter religião, e sim Cristo”, colocando claramente que “Religião= má” e “Cristo=bom”. Em um primeiro momento isso pode ser visto como algo correto e até esperado, afinal não somos pessoas antiguadas e muito menos pessoas farisaicas. Continue lendo