O Grandioso Aniversário – C.H.Spurgeon

Capa O Grandioso Aniversário 2N° 1330

Sermão pregado na manhã de Domingo, 24 de Dezembro de 1876

Por Charles Haddon Spurgeon

No Tabernáculo Metropolitano, Newington, Londres.

 

“Mas o anjo lhes disse: Não temam; eis que vos dou novas de grande alegria, que será para todo o povo”. Lucas 2: 10.

Não há nenhuma razão sobre a Terra, fora do costume eclesiástico, para que o dia 25 de Dezembro deva ser considerado o aniversário do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo em detrimento de qualquer outro dia entre primeiro de Janeiro e o último dia de Dezembro; e, sem dúvida, algumas pessoas guardam o Natal como uma reverência muito mais profunda que o dia do Senhor. Ouvirão que se afirma com frequência que “a Bíblia e só a Bíblia é a religião dos protestantes”, mas não é assim. Há protestantes que incorporaram à sua religião muitas coisas mais além da Bíblia, e, entre outras coisas, aceitaram a autoridade daquilo que eles chamam: “Igreja”, e por essa porta tem entrado todo tipo de superstição. Não há nenhuma autoridade de nenhum tipo dada na palavra de Deus para a observância do Natal, e não há nenhuma razão para guardar precisamente este dia, exceto que a seção mais supersticiosa da cristandade estabeleceu como regra que o dia 25 de Dezembro tem de ser observado como o nascimento do Senhor, e a igreja estabelecida por lei neste país[1] se comprometeu a seguir essa mesma prática. Vocês não estão sob obrigação de nenhum tipo de observar esta regulação. Não devemos nenhuma lealdade aos poderes eclesiásticos que estabeleceram um decreto sobre este assunto, pois nós pertencemos a uma igreja antiquada que não se atreve a ditar leis, mas se contenta em obedecê-las. Por outro lado, esse dia não é em nada pior que qualquer outro, e, se vocês decidirem observá-lo, e observá-lo para o Senhor, não duvido que Ele aceitará sua devoção; mas se não o observarem, e não o observarem para o Senhor, por temor de fomentar a superstição e a adoração da vontade, não duvido que serão aceitos em sua inobservância como seriam em sua observância. Contudo, como os pensamentos de uma grande quantidade de cristãos se focarão no nascimento de Cristo nesta época, e como isto não pode ser mau, julguei prudente me valer da corrente que prevalece e navegar sobre esse pensamento. Nossas mentes se unirão à tendência geral e, já que muitas pessoas ao nosso redor seguem costumes alusivos, obtenhamos todo o bem que pudermos da ocasião. Não pode haver nenhuma razão para que não consideremos agora o nascimento de nosso Senhor Jesus, melhor, será útil que o façamos. Vamos fazer de maneira voluntária o que nos recusaríamos a fazer como algo obrigatório: faremos, simplesmente por razões de conveniência, o que não pensaríamos em fazer se nos fosse imposto pela autoridade ou fosse exigido pela superstição. Continue lendo

Um Sermão para o Dia de Natal (C.H.Spurgeon)

Capa Um sermão para o dia de Nataln° 109

Sermão pregado na manhã do Domingo, 21 de Dezembro de 1856.

por Charles Haddon Spurgeon

No Music Hall, Royal Surrey Gardens, Londres.

“Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti.” Marcos 5: 19

O caso do homem de quem se fala aqui é verdadeiramente extraordinário: ocupa um lugar entre os feitos memoráveis da vida de Cristo, talvez tão proeminente como qualquer outra coisa que tenha sido registrada por quaisquer dos evangelistas. Este pobre desventurado, possuído por uma legião de espíritos imundos, tinha sido levado a uma condição pior que a loucura. Tinha sua morada nos sepulcros, onde permanecia dia e noite, sendo o terror de todos os que ali passavam. As autoridades tentavam freá-lo, tinham colocado grilhões e correntes, mas nos paroxismos de sua loucura ele havia destroçado as correntes e esmiuçado os grilhões. Haviam tentado reabilitá-lo, mas ninguém podia dominá-lo. Era pior que as bestas selvagens, pois elas podiam ser domadas; mas sua natureza feroz não se submetia. Era uma calamidade para consigo mesmo, pois corria sobre os montes dia e noite, falando e gritando pavorosamente, ferindo-se com pedras afiadas e torturando seu pobre corpo da maneira mais terrível. Continue lendo

O Evangelho para os Não Convertidos (Spurgeon)

castelo-forte-O Evangelho para os Não Convertidos-Spurgeon-capa

N° 1389

Sermão pregado na noite do Domingo 19 de Agosto de 1877

por Charles Haddon Spurgeon

Pregado numa noite livre para visitantes, a congregação regular já havia deixado seus lugares

Tem confiança. Levanta-te, Ele te chama” – Marcos 10:49

Queremos que estes serviços abertos a todo o público sejam puramente evangelísticos, como vocês compreenderão. Sem dúvida temos entre nós um grande número de crentes, muitos deles bem estabelecidos na fé, que gostariam de ouvir uma exposição de doutrina, a interpretação de uma figura, ou um símbolo apocalíptico decifrado, mas realmente não posso me dirigir a eles esta noite. Sinto-me um pouco como Lutero quando pregava diante de uma congregação mista. Dizia até onde me recordo, palavras como: “Vejo na igreja o Doutor Justo Jonas e a Melanchton, e a outros eruditos doutores. Agora, se prego para a edificação deles, o que vai acontecer com o restante? Por conseguinte, com a permissão deles, vou esquecer que está entre nós o Doutor Jonas e vou pregar à multidão”. Assim, devo fazê-lo nesta boa hora, pedindo àqueles de vocês que se adiantaram na vida divina que unam suas orações à minha, para que subam de maneira contínua, para que a palavra do Evangelho possa ser bendita para os não convertidos. Continue lendo

Como ser Cristão de Verdade – sermão George Whitefield

Um sermão pregado pelo

Reverendo

George Whitefield

“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. 

2 Coríntios 5:17

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A doutrina da nossa regeneração, ou o novo nascimento em Cristo Jesus, embora seja uma das doutrinas mais fundamentais da nossa santa religião, e embora tenha sido tão claramente e muitas vezes enfatizada nos escritos sagrados, de sorte “que aquele que passa correndo ainda assim possa ler“, e embora seja a própria articulação na qual a salvação de cada um de nós se firma e um ponto em que todos os cristãos sinceros, de todas as denominações, estão de acordo, no entanto, é tão raramente considerada e tão pouco experimentalmente entendida pela maioria dos que a professam, que quem seríamos nós para julgar a veracidade disso pela experiência da maioria dos que se dizem cristãos, nós devemos estar aptos a imaginar que não temos “ainda ouvido ” se há alguma coisa como a regeneração ou não. Continue lendo

Fé e Arrependimento Inseparáveis – Spurgeon

coverNº 460

Sermão pregado na manhã de Domingo, 13 de julho de 1862

Por Charles Haddon Spurgeon

No Tabernáculo Metropolitano, Newington, Londres.

“Arrependam-se e creiam no Evangelho!”

Marcos 1:15

 

NOSSO Senhor Jesus Cristo começa Seu ministério anunciando seus mandamentos centrais. Ele surge do deserto, recentemente ungido, como o noivo que sai de seus aposentos; Sua mensagem de amor são arrependimento e fé. Ele vem à frente totalmente preparado para Seu serviço, tendo estado no deserto, “passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado.” Ele está preparado para a missão assim como um homem forte que vai para uma corrida. Ele prega com toda a honestidade de um novo fervor, combinado com toda a sabedoria de uma longa preparação; na beleza da santidade do ventre da manhã, Ele brilha com o orvalho de Sua juventude. Ouçam, ó Céus e dê ouvidos, ó terra, pois o Messias fala na grandeza de Sua força! Ele clama os filhos do homem: “Arrependam-se e creiam no Evangelho!” Ouçamos essas palavras que, como seu Autor, são cheias da Divina Graça e da Verdade de Deus. Diante de nós, temos o resumo e os fundamentos de todo o ensino de Jesus Cristo – o Alpha e o Ômega de todo o Seu ministério; e vindo dos lábios de tal Ser, de tal momento, com tal poder peculiar, possamos dar grande atenção sincera e que Deus possa nos ajudar a obedecer a essas palavras de todo o nosso coração. Continue lendo

Para que serve a Lei? – Spurgeon

n° 128

Sermão pregado no Domingo de 19 de Abril de 1857

por Charles Haddon Spurgeon

No Music Hall, Royal Surrey Gardens, Londres.

“Então, para que serve a lei?” — Gálatas 3:19

O Apóstolo Paulo, mediante um argumento poderoso e altamente engenhoso, demonstrou que a lei não foi estabelecida por Deus para a justificação e salvação do homem. Ele declara que Deus fez um pacto de graça com Abraão muito antes de a lei ser dada no Monte Sinai; que Abraão não esteve presente no Monte Sinai, e que, portanto, não pode fazer alteração alguma ao pacto feito ali por alguma sugestão sua; que, além disso, não foi pedido o consentimento de Abraão para alguma alteração do pacto, e sem sua aprovação o pacto não poderia ter sido mudado legalmente; e, também, que o pacto permanece firme e irrevogável, visto que foi feito à semente de Abraão, como sendo ao próprio Abraão. “Isto, pois, digo: Sobre o pacto previamente ratificado por Deus para com Cristo, a lei que veio quatrocentos e trinta anos depois, não o pode ab-rogar, para invalidar a promessa. Porque se a herança provém da lei, já não decorre da promessa; mas Deus a concedeu a Abraão mediante a promessa.” Continue lendo

Uma Exortação aos Pecadores (Spurgeon)

Exortação aos pecadores-castelo-forteN° 219

Sermão pregado na noite de Domingo, 14 de Setembro, 1856.

Por Charles Haddon Spurgeon

Em Exeter Hall, Strand, Londres.

 

“Este recebe pecadores” (Lucas 15.2)

Quando essas palavras foram ditas, o grupo que havia se reunido junto ao Salvador era muito singular, pois o evangelista nos informa que: “aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir”. Os publicanos formavam a pior categoria da sociedade, e eram os opressores públicos, menosprezados e odiados pelos judeus mais insignificantes. E precisamente eles, juntamente com os mais perversos, a escória das ruas e o desperdício da sociedade de Jerusalém, rodeavam a este poderoso pregador, Jesus Cristo, para escutar Suas palavras. Afastados um pouco da multidão, encontravam-se uns cidadãos um tanto respeitáveis, que naqueles dias eram chamados fariseus e escribas: homens sumamente estimados como autoridades, dirigentes e mestres nas sinagogas. Eles viam com desprezo o Pregador, e o vigiavam com olhares invejosos para O surpreender em algum erro. Se não podiam encontrar Nele algum erro, facilmente podiam encontrar em Sua congregação; Sua relação com eles escandalizava aquele falso conceito de decência, e quando observavam que Ele era afável com os indivíduos mais depravados, que falava palavras amorosas às pessoas mais caídas da humanidade, falavam Dele como querendo desonrá-lo, embora resultasse em algo extremamente honroso: “Este homem recebe pecadores”.

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Grande Perdão para Grande Pecado – Sermão N° 2863 – Charles Spurgeon

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Um sermão para o culto de Vigília pregado por

Charles Haddon Spurgeon

Na noite de 31 de Dezembro de 1876

E publicado na quinta-feira, 24 de Dezembro de 1903

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“E é pelo sangue deste que temos a redenção, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da Sua Graça.” Efésios 1:7.

 

Não há quase necessidade de dizer a vocês que Paulo está aqui escrevendo em relação ao Senhor Jesus Cristo. De fato, Cristo era seu tema constante, tanto na pregação quanto na escrita. Tomei conhecimento de ministros que conseguem pregar um sermão sem mencionar do começo ao fim o nome de Jesus. Se alguma vez vocês ouvirem um sermão como esse, cuidem para que nunca mais ouçam outro sermão desse homem! Se um padeiro assasse alguma vez para mim um pão sem nenhuma farinha em sua composição, eu tomaria as providências necessárias para que ele jamais fizesse isso de novo. E digo o mesmo a respeito do homem que prega um Evangelho sem Cristo! Deixe que aqueles que não valorizam suas almas imortais vão e ouçam-no; mas, prezados amigos, sua alma e a minha são por demais preciosas para serem colocadas à mercê de tal pregador. Continue lendo

Nunca! Nunca! Nunca! Nunca! Nunca! – Spurgeon sermão N° 477

N° 477

Sermão pregado na manhã de Domingo, 26 de outubro de 1862

Por Charles Haddon Spurgeon

No Tabernáculo Metropolitano, Newington, Londres.

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Porque Ele disse: Não te desampararei, nem te deixarei.” Hebreus 13:5.

“Ele mesmo disse: Nunca te deixarei nem te desampararei.”

Hebreus 13:5. A Bíblia das Américas

 Em “assim disse Jeová” reside um grande poder. O homem que pode empunhar, mediante a fé, esta espada: “Porque Ele disse”, tem em sua mão uma arma que vence tudo. Existe alguma dúvida que não possa ser eliminada por esta espada de dois gumes? Qual medo não cairá aniquilado com uma ferida mortal proporcionada por esta flecha saída do arco do pacto de Deus? Se podemos nos apoiar no baluarte “porque Ele disse”, acaso as tribulações da vida e as agonias da morte não parecerão apenas leves aflições? E não acontecerá exatamente o mesmo com as corrupções internas e com as tentações externas, com as tribulações que provêm do alto e com as tentações que surgem de baixo? Seja para encontrar deleite em nossa quietude ou para receber fortaleza em nosso conflito, “porque Ele disse” há de ser nosso refúgio cotidiano. Continue lendo

Uma Palavra às Igrejas (J.C.Ryle)

capa-Uma palavra às Igrejas - RyleUm sermão pregado em 1856 por

J.C.Ryle

Quando reitor da Paróquia de Helmingham, Suffolk, Inglaterra

E publicado como capítulo no livro “Home Trusts”

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Apocalipse 3.22: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.”

LEITOR,

Parto do pressuposto de que você pertence a alguma igreja de Cristo. Não pergunto agora se você é episcopal, presbiteriano ou congregacional. Suponho apenas que você não gostaria de ser chamado de ateu ou infiel. Você frequenta o culto público de algum corpo de cristãos professos. Continue lendo

Lições da História da Igreja Inglesa (J.C.Ryle)

Lições da História da Igreja Inglesa-castelo-forte-capaTexto escrito por

J.C.Ryle

1° Bispo da Diocese da Igreja da Inglaterra em Liverpool

Como o 15° Capítulo do livro “Princípios para os clérigos

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Temo que o título deste artigo não seja muito atraente ou convidativo. História é notoriamente considerada uma matéria árida, maçante e desinteressante. É embaraçoso o fato relatado no livro de Ester, que na noite em que o Rei Assuero não conseguia dormir, ordenou a seus servos que lhe lessem “o livro dos feitos memoráveis”[1] (Ester 6.1, ARA).

Mas certamente não deveria ser assim. O estudo da História, e especialmente da História da Igreja, deveria sempre interessar à mente do cristão. Que é a História, se não o ensino da Filosofia através do exemplo? Como observam os sábios, a História costuma se repetir. O que mais pode nos mostrar o que esperar da natureza humana em nossos tempos, senão as obras da natureza humana no passado? Permitam-me mostrar aos meus leitores que há lições interessantes a serem aprendidas da História da Igreja da Inglaterra. Continue lendo

Três Retratos: Qual deles é o Meu? (J.C. Ryle)

tres retratos capaUm tratado avulso publicado por volta de 1881[1]

pela Drummond Tract Deport, de

JOHN CHARLES RYLE

1° Bispo da Diocese da Igreja da Inglaterra em Liverpool

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“E, dizendo ele isto em sua defesa, disse Festo em alta voz: Estás louco, Paulo; as muitas letras te fazem delirar. Mas ele disse: Não deliro, ó potentíssimo Festo; antes digo palavras de verdade e de um são juízo. Porque o rei, diante de quem também falo com ousadia, sabe estas coisas, pois não creio que nada disto lhe é oculto; porque isto não se fez em qualquer canto.  Crês tu nos profetas, é rei Agripa? Bem sei que crês. E disse Agripa a Paulo: Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão! E disse Paulo: Prouvera a Deus que, ou por pouco ou por muito, não somente tu, mas também todos quantos hoje me estão ouvindo, se tornassem tais qual eu sou, exceto estas cadeias.” Atos 26: 24-29

LEITOR,

Há uma coleção de retratos em Londres intitulada de Galeria Nacional de Retratos. Ela contém as imagens de quase todos os grandes homens que marcaram a história inglesa. Vale, realmente, a pena ver. Mas eu duvido que ela contenha três retratos tão merecedores de um estudo mais cuidadoso do que os três que serão por mim apresentados neste artigo.

Uma característica notável da Bíblia é a rica variedade de seus conteúdos. Este grandioso Livro antigo, que por dezoito séculos tem deixado perplexos os ataques da ética hostil, não é apenas um depósito de doutrina, preceito, história, poesia e profecia. O Espírito Santo também nos legou uma série de retratos fidedignos da natureza humana, em todos os seus vários aspectos, que merecem nosso exame meticuloso. Quem não sabe que frequentemente aprendemos mais de padrões e exemplos do que de afirmações abstratas? Continue lendo

Menosprezar a Cristo – Spurgeon sermão N° 98

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Sermão pregado na noite do Domingo, 17 de Agosto de 1856

Por Charles Haddon Spurgeon

No Exeter Hall, Strand, Londres.

“Eles, porém, não fazendo caso, foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio;” Mateus 22:5

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O homem não mudou muito desde os dias de Adão. Em sua estrutura corporal parece ser exatamente o mesmo, pois os esqueletos que possuem muitas centenas de anos correspondem exatamente aos nossos. E verdadeiramente, os feitos do homem realizados há séculos e que ficaram registrados na história, poderiam ser escritos de novo, pois, “nada há de novo debaixo do sol”. Ainda descobre-se a mesma classe de homens (apesar de, talvez, vestidos de maneira diferente) que existiu em idades muito remotas. Ainda existem homens que respondem ao caráter que o Salvador atribuiu a outros em Seu dia: Vão, “um para o seu campo, e outro para o seu negócio”, desprezando as coisas gloriosas do Evangelho. Continue lendo

Simplicidade na Pregação – J.C.Ryle

Sermão pregado em torno de 1887 por

J.C.Ryle

1° Bispo da diocese da Igreja da Inglaterra em Liverpool

Na Catedral de São Paulo, Londres[1]

Terceiro capítulo do livro “O Cenáculo

O rei Salomão diz no livro de Eclesiastes: “Não há limite para a produção de livros” (Eclesiastes 12.12). Há poucas coisas nas quais isso seja tão certo como na pregação. Os volumes que escrevi para ensinar os ministros a pregar são suficientes para formar uma pequena biblioteca. Ao publicar outro pequeno tratado, somente me proponho a tocar num aspecto dessa questão. Não pretendo considerar a substância e a matéria de um sermão. Deliberadamente deixarei de lado pontos como a solenidade, unção, vivacidade, fervor e outros semelhantes, ou as respectivas virtudes de sermões escritos ou improvisados. Desejo limitar-me a um ponto somente, que recebe bem menos atenção do que merece. Esse ponto é a simplicidade na linguagem e no estilo. Continue lendo

A Necessidade do Novo Nascimento – Martinho Lutero

Sermão pregado pelo Reformador

Martinho Lutero

Para o Domingo da Santíssima Trindade de 11 de junho de 1536

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Havia um homem dos fariseus que se chamava Nicodemos, um principal entre os judeus. Este veio a Jesus de noite e lhe disse: “Rabi, sabemos que és mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes se Deus não estiver com ele. Respondeu-lhe Jesus: “Em verdade, em verdade te digo se o homem não nascer de novo, não poderá ver o reino de Deus”. Nicodemos lhe disse: “Como pode um homem nascer de novo sendo velho? Pode por acaso entrar uma segunda vez no ventre de sua mãe e nascer?”Respondeu-lhe Jesus: “Em verdade, em verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não poderá entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; o que é nascido do Espírito é Espírito. Não te maravilhes do que eu te disse: é necessário nascer de novo. O vento sopra onde quer e se ouve o seu som; mas ninguém sabe de onde vem e nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito”. Perguntou-lhe Nicodemos: “ Como pode acontecer isso?” Respondeu-lhe Jesus: “Tu és mestre de Israel  e não sabe disso? Em verdade, em verdade te digo que aquilo sabemos falamos, e aquilo que temos visto testificamos, mas vós não recebeis o nosso testemunho. Se eu vos tenho dito coisas terrenas e não acreditastes, como acreditareis se eu vos falar das celestiais? Ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, o Filho do Homem, que está no céu. E assim como Moisés levantou a serpente do deserto, é necessário que o filho do homem seja levantado para que todo aquele que Nele crer, não se perda, mas tenha vida eterna. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito para que todo aquele que Nele crer não se perda, mas tenha vida eterna”.

 

João 3:1-16

COMO ALCANÇAR A SALVAÇÃO, a pergunta principal da humanidade

Hoje ainda não lhes foi explicado o Evangelho. Escreve o evangelista São João que certo fariseu de nome Nicodemos veio ao Senhor de noite e teve com ele uma conversa, e Cristo, de sua parte, lhe pregou um sermão para aquele homem piedoso que realmente ele não sabia que fazer com ele: quanto mais o ouvia, menos o entendia.

Sobre essa historia se prega todo ano. Mas como hoje o momento novamente é propício, falaremos mais uma vez sobre ela. Desde que o mundo existe, os sábios que existem nele se perguntam: “De que modo se pode alcançar a justiça e a bem-aventurança?” Essa questão se discute desde quando há homens na terra, e continuará sendo discutida até que o mundo chegue a seu fim. Ainda nos nossos dias atuais pode-se ver com quanto ardor debatemos esse assunto. Todos crêem estar em condições de emitir um juízo, porém, com seu juízo, revelam sua ignorância. Esta mesma questão, como nos informa o Evangelho para o dia de hoje, Cristo a tratou com um homem que, falando nos términos da lei judaica, era uma pessoa corretíssima e muito instruída.

Aquele homem quer discutir sobre aquilo que devemos fazer e como devemos viver para sermos salvos, e espera que Cristo lhe dê uma resposta. “Porque tu” ele diz, “és mestre vindo de Deus, pois os sinais que tu fazes vão além da capacidade de qualquer ser humano. Nós os fariseus ensinamos, no campo do espiritual, a lei de Moisés. Opinas tu que há algo melhor que possa nos recomendar?” Surge assim na discussão entre ambos a pergunta sobre as obras, ou seja, a vida perfeita – a pergunta que inquieta aos homens de todas as gerações.

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